O trio de canibais preso há três meses em Garanhuns, no Agreste
pernambucano, terá que responder a mais um processo na Justiça. A juíza
Maria Segunda Gomes de Lima, da Vara do Tribunal do Júri de Olinda,
aceitou denúncia contra Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 50 anos, e
das companheiras dele Isabel Cristina Pires da Silveira, 50, e Bruna
Cristina Oliveira da Silva, 25.
Nesse novo processo, os três são
acusados de matar, esquartejar e comer pedaços do corpo de Jéssica
Camila da Silva Pereira, crime ocorrido em 2008, no bairro de Rio Doce. O
assassinato da jovem, na época com 17 anos, só foi descoberto após a
prisão do trio em Garanhuns. Eles foram presos no Agreste sob acusação
de matar duas mulheres, esquartejar, comer pedaços dos corpos e
enterrá-las na casa onde moravam.
Até a prisão de Jorge e das
suas companheiras, eles viviam com a filha de Jéssica, de 5 anos. Depois
disso, a polícia começou a investigar o desaparecimento da jovem e
terminou encontrando, na casa onde os acusados moraram em Rio Doce,
ossos humanos. Exame de DNA comprovou que os ossos - parte estava
enterrado e o restante escondido entre paredes -– pertenciam a Jéssica,
que trabalhou como doméstica para os acusados.
Em Garanhuns, a
polícia também encontrou livros escritos por Jorge que descreviam com
detalhes o assassinato da jovem. Com o objetivo de assegurar a ordem
pública e por conveniência da instrução processual, a juíza de Olinda
também decretou a prisão preventiva dos três réus.
Como eles já
estão presos no interior por causa do processo que corre em Garanhuns,
lá permanecem, e serão intimados por meio de cartas precatórias para o
caso de Olinda. Isabel e Bruna estão na Colônia Penal Feminina de Buíque
e Jorge Beltrão, no Presídio de Pesqueira.
Em Garanhuns, o trio é
acusado de matar Alexandra da Silva Falcão, 20, e Gisele Helena da
Silva, 31. Nas investigações, a polícia ainda descobriu que, além de
esquartejar e comer partes dos corpos das vítimas, os réus cozinhavam a
carne das mulheres, faziam coxinhas e empadas e vendiam em Garanhuns.
Além dos três homicídios, Bruna Cristina Oliveira da Silva ainda é
acusada de falsificação de documento, pois após o assassinato de
Jéssica, ela assumiu a identidade da jovem.

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